segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Olhar de Criança ...


             
                             Dedicado à Paula Ferreira Ribeiro (Paulinha "Poeta", de Coração de Jesus (MG)

Penso que o que o mundo precisa mais hoje
É de crianças!
Melhor  dizendo, adulto com coração e olhar de criança
A lógica e a visão adulta são muito complicadas
Inventamos um teorema complicadíssimo
Para tentar explicar o amor...
Para ensinar que é preciso ter paciência
Que como seres humanos,  erramos e acertamos também.
Precisamos olhar o mundo com o olhar doce de uma criança
Sem fingimento, nem falsas verdades
Sabemos que a vida é boa
Que viver é complicado
Mas podemos amenizar sofrimentos,  corrigir erros
Ver as coisas com mais simplicidade  
Não podemos aprisionar a criança alegre e travessa
Que temos dentro de nós, nunca.
Adultos fingem, vivem numa sociedade louca, estressada.
Criança não mente nem finge,
Se gostou, sorri , se não gostou diz “na lata”.
Vivemos querendo ensinar as crianças
Mas deveríamos mesmo era aprender com elas
A sermos mais sinceros... íntegros e simples
Precisamos ver o mundo com o doce olhar de “Paulinha”
A querida poetiza de 11  anos natural de  Coração de Jesus(MG),
E aprender com ela a falar do belo e do simples,
Pois é isso que a vida é:
Bela e simples!!!
Mas nós adultos, arranjamos sempre um jeitinho
Para complicar as coisas.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A revolta das palavras... Ou a batalha das rimas...



Certo dia sentei-me num canto
Como sempre gosto de fazer.
Coloquei minha mente árida
E fértil ao mesmo tempo para pensar
Para pensar não, meu desafio era rimar
Pois é sabido que nunca fui muito bom com elas
(as rimas)... dentre outras várias coisas,
Ao começar digitar no meu velho companheiro
Um notebook fora de linha
Notei algo estranho, as palavras que digitava
E em vão, tentava transformar em rimas
Não se juntavam... fugiam, se  misturavam
De forma desconexa e louca
As palavras não se agrupavam, como eu queria
As letras trocavam de lugar
Como se houvesse um vírus no meu note
Após várias tentativas, cheguei a uma conclusão
Não havia vírus nenhum...
Havia sim... uma greve de palavras
Elas se rebelaram...
e não aceitavam o lugar que lhes cabia
pelo menos, que eu aprendiz de poeta
achava que elas deveriam ficar.
Aí se deu o contratempo
O Tempo não queria rimar com vento
O amor se recusou a rimar com  dor
A flor não queria ter cor, preferiu o espinho
O pássaro queria voar, mas não morar no ninho
À noite a lua não quis ‘iluminar” a rua
Pois isso cheirava a rima
O braço se negou a dar um abraço
Pelo mesmo motivo
Pois não queria causar embaraço
As palavras fizeram pressão
Se negaram a ficar juntas
E não fizeram concessão.
Passado algum tempo
Me despertei...acordei
E ao presente retornei.
Caí na real e percebi
Que as palavras são inertes
E só se rebelam quando
São maltratadas pelas mãos de um mau poeta
Inábil e iniciante, mas amante da escrita,
Assim como eu !!!
                                                                                    quinta-feira 6 out. 11 23:16