sábado, 15 de setembro de 2012

Diálogo entre um viajante do tempo e eu...


Num dia nublado de uma longínqua data...
Um sábio senhor octagenário
Com cabeleira grisalha pintada de preto
Me disse palavras enigmáticas e sérias
De significado mais estranho ainda...

Num delírio momentâneo ele me disse
Num sussurrar quase inaudível aos ouvidos  humanos
Existe um portal, uma porta de luz
Ou com nome diferente
Onde passado e futuro se encontram
Não sabia me dizer se havia diálogo ou interação,
Correlação entre eles. Mas fato era, que se encontravam
Um mirava a face do outro...

Pesquisei na minha curiosidade de viajante do tempo
Queria saber se havia interrelação ente os dois
Futuro,  poderia  modificar o passado
Claro que foi numa tentativa vã
De corrigir erros cometidos !!!
Ele não soube me dizer !!!

Balbuciou palavras em tom baixo
Praticamante   inaudíveis, como no inicio do colóquio
Dissertou sobre suas viagens inter- estrelares
Lugares estranhos visitados
Falou-me sobre viajantes do tempo
Seres que nos visitam constantemente
Mas deixou-me cheio de dúvidas
Era um senhor de aparência comum
Barba grisalha (como a minha) fala mansa,
Pele queimada pelo sol atmosférico,
Tinha vasta cultura inter planetária
Conhecia sobre quase tudo, que não era mundano...
Na minha eterna curiosidade de curioso terráqueo
Pus-me a fazer  indagações
Perguntei  sobre tudo o que eu não sabia
E como não sei quase nada, foram inúmeras perguntas...
Questionei o sábio senhor, sobre:
Nascimento,
Vida, adolescência
Fase adulta,
Natureza, matéria, física, artes, músicas e sonhos humanos.
Planeta, riqueza, conhecimentos, fortunas terrenas (efêmeras)
Sobre os cantadores do nordeste, Beatles, Zé ramalho, Raul seixas e muito mais
Sobre quase tudo me respondia com monossílabos, era breve em suas respostas.
Me dava meias respostas que  mais me punham a pensar
E me enchia de incertezas maiores ...
Mesmo assim prossegui.

Perguntei-lhe, num desespero incontido,
Sobre o sexo oposto, sobre o sentimento chamado Amor!!!
Calou-se, quase que por encanto !!!
E disse me numa canção improvisada:
Amigo, calouro questionador,
Irás tornar-se um de nós (muito em breve)
Por questionar demais
Por buscar explicações que não são respondidas por nós humanos.
Bom foi conversar contigo,
Vejo rugas em sua tez sonhadora
Minha  viagem continuarei....
Mas jamais poderei responder assertivamente
Sobre o amor e muito menos sobre o sexo oposto
Pois , vou lhe confidenciar, por amar demais
Ou por amar quem não poderia amar,
Tornei-me assim...
Visionário...
Sonhador...
Viajante do tempo...
Mas sem jamais perder o  encanto pela vida
Pelas canções
E pelo sexo oposto.
Até breve...
Shalom... Avohai... Inté mais vê!!!
O planeta segue viagem e suas dúvidas também !!!
Enquanto vida você tiver... perguntas existirão !!!
Respostas... nem tanto,
Mas conselho de amigo (viajante do tempo)
Continue a indagar... perguntar... questionar...
Shalom... Avohai... Inté mais vê!!!

sábado, 1 de setembro de 2012

o carro preto...


Na esquina da rua esperando para atravessar...
Vi passar um carro preto
Outro carro preto
Um carro prata
Outro carro preto.
Gostei da sonoridade das cores dos carros.
Pensei que passaria um carro verde
Um  vermelho... ou vinho...
que nada,
Atravessou uma  mulher de branco.
Nada há ver com a ideia inicial
Estava vendo o vai e vem dos carros...
Mas esse fato me vez pensar
Um carro preto
Outro carro preto
Um carro prata
Outro carro preto
Esperei um carro verde
Um carro vermelho
Nada...
Apareceu um senhor de roupa preta
Nada há ver com a ideia inicial
Estava vendo o vai e vem dos carros...
Os carros sumiram, todos, como por encanto!
A rua ficou limpa... limpinha mesmo.
Sem nenhum carro... nenhum... nem preto, nem prata.
O engarrafamento acabou.
Segui andando... andando... e pensando
Me lembrei do Drumond,
Um  dia ele disse: Êta vida besta meu Deus!!!
Aí eu disse: como eu sou besta Meu Deus !!!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Seguindo a reta sinuosa...



Com meu olhar oblíquo e torto
Vejo algo pingando... é  um pingo!
Na estrada da vida, sigo... vou indo...
O batuque que ouço, me leva ao passado
Ouço sons, músicas de um grupo ancestral
(o melhor que já existiu, The Beatles)
À batera do Ringo*
A semente que não vinga
Planto de novo, no terreno mental

 O olhar reto... ultrapassa a linha
A vida anda, o tempo passa
Meu rosto é sério e carêta
Desvio dos problemas
Que a existência me acarreta
Resolvo alguns... outros, adio
As soluções chegam às vezes
Num pensar tardio...

A palavra certa creio,  não há!
Caminho reto, também não.
Sigo a reta sinuosa, sempre.
Que é o caminho mais torto que há
Entre um ponto e outro...

Torto e oblíquo, teimoso e calmo...
Sonolento, mas não inerte!
Uma rápida e passageira inspiração
É algo que não se perde!!!

sábado, 14 de julho de 2012


Meu diálogo com a morte.

Me desculpe morte, mas eu não tenho tempo...
Não tenho tempo pra falar com você...
Não tenho tempo para morrer.
meu celular tá tocando...
Hoje ainda não vi meus emails
Não tenho tempo para parar de viver!!!
Tenho assuntos pra resolver
Inúmeras tarefas a cumprir
(maiores até, que os  12 trabalhos de Hércules)
talvez nem tão árduas, mas muito importantes!!!
Morte, veja bem, eu quero viver
gosto da vida... apesar de tudo...
e veja bem, não falo mal de você
pois você tem que cumprir seu papel
nós seres humanos somos finitos!!!
O pecado trouxe você até nós,
não questiono isso (quem sou eu!!!)
Veja bem morte, eu quero ser avô
Ainda não tenho certeza se só é feliz
quem amou uma vez
(aliás essa dúvida era do Raul Seixas)
Eu ainda não desvendei o segredo da Esfinge
Não corrigi meus erros (e não são poucos)
ainda não pedi perdão para as pessoas que magoei
(mesmo sem querer...mas magoei)
Eu ainda não vi o Atlântico
Não conheço Sampa
Não viajei de avião, nem pulei de pára-quedas
Já plantei uma árvore, e recuperei outra
já tive filhos (quer dizer ajudei gerar)
mas ainda não escrevi um livro
   Ainda não descobri o caminho da felicidade
nem se existe esse caminho, ou se ela está dentro de mim.
Ainda não descobri a verdade absoluta
e o porque de uma causa ter efeito.
Estou trabalhando arduamente no elixir da juventude
mas ainda não descobri a fórmula certa!
Ainda não consegui afinar meu velho violão
não consigo "pegar" música de ouvido
não aprendi fazer dinheiro
não comprei meu sítio (que já tem até nome: Sítio Avohai)
Ainda não aprendi o dom da invisibilidade
Ainda não perdi o medo de agulhas
Ainda não descobri o sentindo da vida
Não tive coragem ainda de dizer
Tudo que penso e sinto
Então como posso morrer agora???
Volte outro dia, ou melhor, volte daqui a....
alguns longos e distantes anos!!!
ou melhor volte quando quiser...
mas me dê um tempo.... muito tempo
eu preciso de tempo!!!
Sei que o tempo é precioso... muito raro e precioso!!!
Mas quando voltar... me leve sem dor, se puder...
Me leve sorrindo... venha vestida de uma linda mulher
e venha com a face das mulheres que me encantaram
(você deve saber que não foram muitas) nessa vida maravilhosa...
Faça como Yara (mãe d'água) venha cantando
Você poderá até me enganar...
mas me faça "viajar" feliz!!! Pois apesar de tudo...
de todas as dificuldades... Eu sou e serei um homem feliz
Pois conheci e convivi com pessoas importantes e especiais !!!



A Vida é boa e é uma escola, pra quem quer viver e aprender!!!
A cada dia , a cada tropeção, a cada problema, com cada dificuldade!!!

                                                                                                           Luiz carlos - Novembro/2009

Série de Poemas bobos – I

A tal Rotina

Dia-a-dia
A tal rotina...
Me levanto cedo
Alguns nem tão cedo
O banho frio matinal.
Vem o dia, o café da manhã
A própria manhã
O trânsito
O transporte coletivo
O trabalho... Ah, o trabalho!!!
A eterna relação capital e trabalho
A escola... os estudos
Os colegas de trabalho
Os colegas de escola
Vem o almoço
Então almoçamos!
Vem a preguiça, temos que retornar
Vem a tarde...
Rotina incansável
A tarde continua...
A tarde cai. A noite chega
O trabalho acaba, a aula acaba
E começa a aula noturna
Para quem é notívago.
Termina tudo!!!
A manhã, o dia a tarde e a noite.
Vamos dormir para sonhar
Acodar na manhã seguinte
E começar tudo de novo.
Essa talvez seja a rotina normal
Dormir e sonhar...
Sonhar  com o final de semana
Que termina quando começa a rotina
Da segunda feira cinzenta e cheia de preguiça!


Série de Poemas bobos – II

Mudando a Rotina.

Um certo dia...
Num belo dia de rotina
Tentei mudar essa rotina
Então me pus a imaginar
Algo diferente do dia-a-dia cansativo

O dia começou, como sempre começa
Cheio de resto de sono e de preguiça
Daí como sempre veio tudo de sempre
A manhã...
O banho frio...
O trânsito...
O trabalho...
A escola...
A infindável relação capital e trabalho
E tudo mais...

Então a tarde caiu, como sempre cai
Mas não escureceu !!!
A noite não veio!!!
O que??? Como pode isso !!??
É a rotina costumeira mudou !!!
Algo deu errado na rotina do tempo
O dia continuou dia
A noite para o descanso
Para o sono repousante... não chegou!!!

Confusão geral.
O sol não se pôs, o dia insistia em continuar
Estávamos todos atônitos
Cadê a noite? Onde está a lua? As estrelas?
Quero ir embora pra casa... pra escola

Quero novamente o trânsito
O transporte coletivo
Quero ver as primeiras estrelas chegarem...
Que nada!  Continuava dia
Bem clarinho, e quente como no verão.

Então senti falta da tal rotina
Cheguei à conclusão
que não é rotina que nos cansa
que nos estressa.
Mas sim, a maneira como vivemos nossos dias
e nossas noites
a maneira como encaramos nossos trabalhos
nossos estudos... nossos semelhantes... e tudo mais.

Percebi que a rotina existe porque você a encara assim
Então o movimento de rotação do nosso planeta
Nada tem de rotina
Mas sim, é um ciclo de vida diário
Onde dentro dele (do planeta) vivemos nossa rotineira vida!!!



Série de Poemas bobos – III


O que é um dia??

Um espaço de tempo composto de 24 horas
Hum mil quatrocentos e quarenta minutos
Oitenta e seis mil e quatrocentos segundos
Mas será só isso?
O dia é composto por números somente?
Não,  o dia é um espaço onde vivemos
Por vinte e quatros longas horas
Poderemos ter um dia útil, produtivo
Mas poderemos também ter um dia nublado
Cinza e completamente apático.

O dia é um espaço de tempo que começa escuro
Fica claro e termina escuro...
O dia imita o enigma da esfinge
Morre tal qual como nasce...

O dia não é somente um número
no calendário da nossa vida
o dia talvez seja uma página
no livro de nossas vidas...

fácil definir o dia? Não.
Fácil planejar os dias vindouros?
Também não!
Estão sigamos aquele sábio conselho bíblico
Vivamos um dia de cada vez
Para cada dia basta a sua preocupação.

Sendo assim...
Encerrando o tema dia...
Te desejo um bom dia !!!
                                         Luiz Carlos - Junho 2012.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

invisíveis, inaudíveis, impalpáveis fragmentos

"quando sabemos que tudo 
é constituído de invisíveis . . . 
inaudíveis . . . 
impalpáveis fragmentos."

Tentarei divagar sobre esse intróito que" Mestre Fábio" gentilmente me presenteou

invisíveis, inaudíveis, impalpáveis fragmentos

Para um ser comum como eu
às vezes é difícil dissertar
mas quando se tem um amigo e "mestre" humilde
que tem olhos e ouvidos atentos...
ele (o mestre) indica a direção a ser seguida.

sem mais delongas tentarei dissertar sobre os fatos reais
sentimentos são invisíveis, leves e etéreos
e penso que sempre o serão
tocamos um corpo feminino, sentimos calor... perfume,
e muito mais ...
sensações e impalpáveis fragmentos
talvez de sentimentos não vividos...

invisíveis são todas as emoções intocáveis
que nossos olhos não vêem
mas o coração vê, ouve,

e grava em granito, para sempre...

inaudíveis são os sons da alma
que o ouvido humano não capta
nem jamais captará
mas que do coração amigo não escapa

ter o dom da palavra é para poucos
ter alguém que lhe dê a direção também
nessa noite de quinta
queria ter a companhia da "canelinha"
e do velho violão "avohai 46"
para compartilhar com o mestre
sobre o que em vão tentei tentei dissertar...

ficou a vontade,
faltou o fio inspirador
sem jamais se esquecer do intróito
que gentilmente me presenteou
agora deixo em aberto...,
a inspiração falhou... escasseou

talvez numa próxima jornada
na presença amiga
poderemos dissertar...
dialogar...
e tentar sacramentar o porque de tudo
o sentido da arte
o enígma do coração feminino...
o sentido da vida
e o porque da felicidade:

"quando sabemos que tudo
é constituído de invisíveis . . .
inaudíveis . . .
impalpáveis fragmentos."

Texto Fábio e Luiz