quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A Química da Palavra

A química do encontro da palavra
Que não explica a força de repulsão
Da separação
A química da palavra
Que não traduz a beleza das cores
Da cor do sol... da lua
Do cinza do dia nublado
Do branco intenso da nuvem
Do prateado de uma noite de luar

A química do encontro das letras
Não traduz a  junção dos hiatos
A força dos dissílabos
A conotação dos proparoxítonos
Os semi-tons dos paroxítonos
E os breves sons dos oxítonos.

A palavra tem uma química
Que é a junção das letras
Que se transformam em sílabas
Que formam palavras... depois frases
Que transmitem nossas idéias
Nem sempre claras.

Que podem ser escritas ou ditas
Curtas ou em frases sonoras...
Em frases de efeito... Sem efeito algum.
Com ou sem defeito de rima ou métrica
Sem réplica ou tréplica
Mas não nos esqueçamos que
Cada palavra tem uma química
E que a cada ação corresponde uma reação,
Que pode não ser homegênea,
Entre quem ouve quem  profere.
Talvez a palavra mais bonita
seja aquela proferida por uma boca fechada.
Ou seja:  O   S I L Ê N C I O!!!
Luiz Carlos, em alguma noite de um ano qualquer...

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